Amor é dessas coisas que a gente dá e não gasta. No máximo, desgasta. E desgasta porque morrer de amor e continuar vivendo só fica bem nas palavras do Quintana.
Morrer de amor e continuar vivendo é um caos, especialmente quando o amor só morreu para o outro, mas continua vivinho dentro da gente.
E aquele que outrora era paz, vira guerra. Uma guerra interior travada entre razão e coração, como se sem o outro, eu fosse duas e ao mesmo tempo, não fosse ninguém.
Talvez o que a gente precise nesses casos, é não precisar. E lá vai a moça fazer matrícula na academia, cursar teatro, dormir com vários; lá vai o rapaz exagerar no boxe, retomar o italiano, comer todas as mulheres que derem mole.
O desespero de não precisar. O delírio de querer não querer para tentar continuar e quem sabe um dia, querer outro.
Morrer de amor não é o fim, mas dói tanto que a gente passa a querer matá-lo como único modo de voltar a viver.
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