Quando criança eu odiava o Domingo.
Ir pra missa com minha mãe, ter que soltar os cabelos e me arrumar toda. Um verdadeiro martírio.
E todo Domingo chegava acompanhado de uma sensação de quase morte, de solidão. De vazio.
Não por causa da missa, dos cabelos e da arrumação. Simplesmente nunca soube explicar.
Fui crescendo e começando a entender a magia do domingo. Tinha até esquecido dos males que outrora esse dia me trazia.
Fazia tanto tempo que não passava o fim de semana em casa, e muito mais que não me sentia angustiadamente triste aos domingos.
Hoje fui enquadrada novamente por esses sentimentos de perda. De agonia. Completamente semelhante aos da infância.
A vontade que tinha era de sair correndo me dividindo em várias para abraçar todas as pessoas que amo. Para não me sentir mais sozinha e com medo.
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