Ela gostava de sair para conversar e beber. Acreditava que todos eram seus amigos. Mas isso já foi a algum tempo quando confundia essência e aparência. Depois de algumas decepções ela aprendeu a diferença. Hoje ela ainda gosta de sair para beber e conversar. Mas a vida lhe ensinou que não se conversa apenas com amigos. Que não precisa estar chovendo para dormir até mais tarde debaixo das cobertas. Que passar o fim de semana de pijama deitada na cama pode, se ela assim o quiser. E que nem todos os poetas são românticos, mas quando se está apaixonada todos parecem ser. Aprendeu que é fácil chorar, nem é necessário estar triste. Sorrir também é possível em dias ruins, só que é um pouco mais difícil. A vida se mostrou inexata. Inconstante. Aprendeu, não sem dor, que as pessoas não contam tudo o que fazem - Nem tão pouco fazem tudo o que contam. Mas isso demorou, pois ela sempre foi muito curiosa e atenta para os detalhes. No Natal se mantém um tanto indiferente, essa nunca foi sua festa preferida. Não se lembra muito bem se o Papai Noel já lhe dera algum presente. Acha que não. Não se lembra de acreditar, talvez tenha cansado (ainda criança) de esperar o "bom" velhinho. E constata que gostaria de acreditar. Esperar a noite mágica. Mas tem sono, muito sono.
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