domingo, 14 de abril de 2013

- Proibido proibir




E daí se ele é gay ou se ela gosta de transar?
E daí se ela é mãe ou se ele gosta de cuidar?
Se eu me respeito ou perco o jeito qual é o problema que tem?
Se eu ando a pé, de ônibus, de chinelo ou de trem?
E daí se ele queima um cigarro pra viajar em paz e esquecer desse mundo, dos seus medos de rapaz?
E se ela tem tatuagem e usa cabelo curtinho, se curte menina e não gosta de mocinho... Que é que há?
Se ele curte beber, se ela curte cheirar?
E daí se o coroa curte uma gelada num fim de semana qualquer?
E se ela é menina, mas curte mulher?
E daí, meu irmão, se o cara balança num reague e se a mina curte um funk?
Se ele é zem, anarquista ou tem cabelo vermelho punk?
Quem determinou que a liberdade é de direito autoral? Se for assim, eu assino e compro a minha parte. Eu pago com letras, eu quero pagar com arte!
No meu seio eu escrevi VIVER e se eu tenho esse jeito, qual a bronca que tem? Se eu vivo de boa, se eu me ligo no bem.
Determino, eu-que-não-tenho-nome, que a partir de hoje é e fica estritamente proibido proibir a felicidade e por meio destas vias ainda venho a dizer que não há razões entendíveis de não se aceitar o que se é. Se ele curte homem e se ela curte mulher que seja o que for, que seja o que der.

Diego Andrade no blog: Com as vergonhas de fora

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