sexta-feira, 16 de março de 2012

Não é a seca. É a cerca.




Fui criada ouvindo falar em seca. Racionamento. Brincando no meio das Algarobas. Correndo na rua sem calçamento. 
Sinto na verdade uma tristeza e uma pena quando escuto alguém falar mal do Nordeste. Os tantos preconceitos que nós sofremos, no meu caso além de NORDESTINA, PERNAMBUCANA, sou SERTANEJA. Do Polígono das Secas. Do Portal do vasto Sertão. Tristeza e pena pela falta de conhecimento e de análise histórica e geográfica. A pobreza e a seca aqui existem sim. Diferente do que a maioria das pessoas acreditam, não só por questões climáticas. O problema também é social. (Existe água para quem?) Como já dizia o autor: " Não é a seca. É a cerca.

Estou crescendo e vendo o Nordeste crescer como nunca. O Sertão se desenvolver e a sede diminuir. Mas a luta contínua porque esse desenvolvimento tem que servir a todos. E a cerca social que sempre nos dividiu deve ser derrubada.
 






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