quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Uma dose de sexo sem amor. Quente, por favor.





Tô aqui há horas tentando escrever alguma coisa erótica. E quanto mais tento escrever sobre sexo, mais escrevo sobre amor, mais apago sobre amor, mais escrevo sobre, mais apago sobre amor, mais escrevo sobre... Presa num looping infinito.
Oras, daí fico a pensar aqui qual é a merda do problema comigo, que não sei diferenciar amor de sexo. E, bem... não é que eu não o saiba. Mas há algo que me trava. Tô pensando assim, se somos (nós, humanos) essa dicotomia amor/sexo, coração/cérebro, corpo/alma, então mulher é o ser que tende a pôr tudo no mesmo pacote. Já viu de bolsa de mulher? Uma zona. E homem é o ser que tende a pôr cada coisa no seu lugar. Celular num bolso, carteira noutro. Ok. Próximo passo. Bem, se sou eu que faço a bagunça, pra falar de sexo preciso pegar só uma coisa e abandonar a outra. Tá. É isso, amore. Pra mim, sexo puro é ser apenas um corpo, sem alma. Olha só, to precisando levar uns tapas aqui. Ó a enrolação que to fazendo pra escrever um post com uma sacanagenzinha? Ah, isso é ser mulher, não achar nada na bolsa. Você quer pegar o batom e só acha o celular. Você quer pegar o dinheiro e só acha comprovantes da visa. Você quer pegar o sexo e só vem amor. Não acho nada em mim. Ser mulher é uma porcaria...
Daí você chega tirando o notebook do meu colo, e deslizando a língua no colo dos meus seios. Eu suspiro, numa tentativa de domar o meu corpo. Você passeia o dedo indicador pelo meu lábio, e o tira rapidamente, quando tento engoli-lo. Me põe de barriga pra baixo e me diz um palavrão baixo e lindo ao pé do ouvido. Aproveita o caminho e me mordisca suavemente o lóbulo da orelha. A minha calcinha se desfragmenta com o seu toque, e num passe de mágica é como se eu nunca na vida tivesse usado alguma. E com o órgão do qual você tanto se orgulha, você dança na porta da minha caverna. Brinca da direita pra esquerda, faz de conta que vai entrar, mas não sai da porta. De novo. De novo. Meu corpo todo suplica por uma presença agressiva do seu. Você percebe o meu sofrimento e gosta disso. Me angustia e me judia, é tua forma de me dar prazer. Já não posso mais respirar, eu já mataria alguém pra você entrar, quando você me presenteia sem-saber-e-sem-querer, com um beijo molhado na nuca. Rs... fui-me, amigo. Descansei num longo gemido. Uma boa dose de prazer puro, quente e sem gelo. Eis a vantagem de ser mulher. Saber gozar do corpo todo. 
 
 
 

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