quinta-feira, 1 de setembro de 2011



Assustam-me e deliciam-me os rumos inoportunos que a vida toma. I miss you, I need you. And if I do not have you, how can I believe in balance in the world? Das coisas tensas: polissemia sentimental. É isso que você me causa. Sinto tantas - e indefinidas - coisas ao seu respeito... E tudo só se intensifica quando você diz as coisas mais confusas, toma as atitudes mais improváveis... Caminha na minha direção me olhando direto e profundo, enquanto te mando recuar. E você não recua. E eu vou te querendo cada vez mais perto. Não me pergunte se deve ou se pode vir, apenas venha. Não sou boa com concessões... Por isso, espero ansiosamente a tua invasão. Dou-lhe tantos significados que o você do teu nome me pertence.
"Tu descobre inúmeros defeitos nele. Percebe que é ele que tu tá descobrindo nos defeitos. E então, visto tudo, decide ficar. Isso é amor". Me peguei dizendo isso, acredita? Nada demais. O problema é que não foi uma idéia abstrata, eu falava de uma pesssoa. O amor é em si um aglomerado, uma amplitude sacana: é instância, estado, é anímico, carnal, idiossincrasia, puerícia... E, mais recentemente, o amor pra mim tem sido você. Por isso, eu trocaria esse agosto inteiro pelo sorriso teu (e só teu) aqui. Agora. Uns 5 segundos daquela paz... Sim, valeria. Teu jeito desleixado de andar, sentar, e ir derrubando as coisas.  Adoro tua cara de segunda-feira. Tua cara de segunda-feira a semana toda... A barba manchando a cara, os olhos constantemente amassados quando sorri, o cabelo curto e mal educado, teu cheiro de roupa limpa... E eu nem sabia que amava isso tudo.  Amei somente em você. Eu sempre escrevi sobre gente que não existia, amores que não existiam. Aí você existiu. E desalfabetizou-me.

Texto de Keu Azevedo, levemente adaptado. 

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